segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Importuno



E eu que já nem sei mais aonde me encontrar
Puxo uma corda da cova do teu sorriso tentando me salvar.
É uma rima infame
Declaro sem pestanejar
Pois veja só você, com esse sorriso dilacerado!
Tão alto e tão vivo
Feito um navio de vela nova.
Que ignomínia, erraste a bruma do mar.
Venha cá, sem medo
Porque no vale do sol nascente não é o seu lugar.
Toda esta sua vileza tentando ser forte astuto!
Que calunia!
Vamos, leia de novo
Mais rápido
Mais veloz
Com mais voz!
E o tom baixa
Sinto a aspereza da sua pele
Uma boca quase sem articulação
Seus lábios fúnebres
Meus dedos tocam sem medo. 

Sabrina Stolle

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