terça-feira, 7 de junho de 2016

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Era um poema escandaloso
Tecia um corpo nu em uma só estrofe
Basta uma vírgula e já era possível sentir o cheiro das formas
Parecia rosa em uma linha, margarida na outra...

O cabelo descrevia como relva
Feito aquelas que dançam com o vento.
Os dedos dos pés pareciam pincéis, rimam com os lençóis.

Era um verso sinuoso,
Uma silhueta escrita com letra de forma
Contornada a cada pausa
A cada palavra deslizada pela folha...



Sabrina Stolle.