Ela adentrou os meus poemas
Senti cócegas na alma.
Meu.
20 de outubro de 2016.
Blog destinado aos rascunhos que minha mente produz. Rascunhos estes que são pensamentos emoções e sentimentos que os transcrevo através de poesia. Seja bem vindo ao mundo de Sabrina!
quinta-feira, 20 de outubro de 2016
terça-feira, 13 de setembro de 2016
segunda-feira, 12 de setembro de 2016
quinta-feira, 8 de setembro de 2016
Perder você é
É como uma flor que perde algumas pétalas para o vento
É como um risco no céu de um avião que já foi...
É como uma vida que se move pelos rabiscos feitos em um
vidro embaçado...
É como dia que vira noite em lentidão
É como gargalhada que se esvai estrada afora...
08 de setembro de 2016.
Sabrina Stolle.
sexta-feira, 26 de agosto de 2016
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Deixe-me ficar na curva desse seu sorriso
Nesse cheiro de infância que acaricia a
alma
Permita-me segurar suas mãos pequenas,
Elas carregam um mundo mais bonito.
Diga-me, quantas coisas cabem em seu
olhar?
Que dança de um canto ao outro do mundo
E às vezes esbarra com o meu,
sorrindo...
quarta-feira, 20 de julho de 2016
O último suspiro do poeta
Olhe no fundo dos olhos deste poema triste
Procure sua raíz entre as entranhas da íris
Tateia esse corpo habitado de palavras
Sorrateiras e delicadas
Cheias de uma dor tão elegante...
Que fitam,
Que consomem o silêncio...
Verbos gritantes
Rimas desconectadas dançando feito aliteração
Anunciando no véu da noite um gemido pálido
Sabrina Stolle
quarta-feira, 13 de julho de 2016
Uma casa sem dono
Na incerteza moravam tantas coisas,
Tinha gente que dizia que era casa de fada e outros casa de bruxa.
Da incerteza não se ouviam vozes, passos e nem sussurros baixinhos na calada da noite.
Não cabiam lá nem princesas e nem dragões, nem o anão da branca de neve e nem o gigante do pé de feijão. Era uma casa feita de teto de futuro que ameaçava se desprender a qualquer vento de presente. O chão era de medo, coberto de poeira de sonhos perdidos...
Não tinha cor e nem forma, a incerteza era um emaranhado de desejos desconectados.
Sabrina Stolle.
terça-feira, 7 de junho de 2016
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Era um poema escandaloso
Tecia um corpo nu em uma só estrofe
Basta uma vírgula e já era possível sentir o
cheiro das formas
Parecia rosa em uma linha, margarida na outra...
O cabelo descrevia como relva
Feito aquelas que dançam com o vento.
Os dedos dos pés pareciam pincéis, rimam com os lençóis.
Era um verso sinuoso,
Uma silhueta escrita com letra de forma
Contornada a cada pausa
A cada palavra deslizada pela folha...
Sabrina Stolle.
quarta-feira, 1 de junho de 2016
Amores de bastidor
Ter com quem dividir o cobertor no inverno e o sorvete no
verão nos proporciona um bem estar físico e emocional. Porém, amar perpassa a ideia
de finais de semanas alegres, viagens intermináveis e todo um mundo colorido
onde parece só existir coisas boas.
Amar esta para além de ter alguém para abraçar, trocar carícias
e sonhos.
Para que um espetáculo arranque suspiros da plateia é
necessário que aja todo um ensaio e uma gama de preparações atrás do palco, nos
bastidores. E assim também é com o amor, para que um relacionamento seja
permeado por respeito cumplicidade e amizade é preciso ajustar muitas coisas nos
bastidores:
Sou poeta, sou contador. Sou metódico, sou desorganizada. Sou
realista, sou fantasia. Quero dormir, quero sair. Quero casa, quero
apartamento. Prefiro inverno, prefiro verão. Adoro ameixa, detesto ameixa. Quero
ter um gato, quero ter um cão.
São inúmeras as características que cada pessoa possui. Seu
jeito, suas preferências, seu modo de pensar e agir. Trata-se de duas pessoas
diferentes que precisam ajustar seus defeitos e qualidades para melhor compor a
peça chamada amor. E como bons atores, é preciso saber lidar com os imprevistos,
seja eles quais forem.
Quando há amor como base, o número de ensaios e adaptações se torna irrelevante frente a beleza que é amar.
Sabrina Stolle.
sexta-feira, 13 de maio de 2016
Salve-me
Sinto meu corpo flutuar
Não há fronteiras, limites ou barreira.
Eu já não sinto medo e nem fome
Meus pés não tocam mais chão e nem o ar...
Tento olhar para os lados, para frente e para trás
Mas nem o vazio eu consigo encontrar...
Sabrina Stolle.
terça-feira, 10 de maio de 2016
Reflexões sobre a finitude
De vagar, menina.
Com passos acelerados você perde o ritmo da vida...
Não faça o canto dos pássaros ser descompassado com suas
passadas,
Não permita que seu olhar seja desproporcional ao ritmo do
anoitecer.
A rotina nos engana... Por muitas vezes desejamos que o dia
passe rápido, que as horas voem para chegar logo o expediente do trabalho.
Contamos os dias para o próximo feriado, ansiamos por mais um natal por mais um
ano novo cujo qual repetiremos praticamente as mesmas coisas e degustaremos a
mesma ansiedade por um futuro que nunca chega.
Vivemos esperando a hora em que estaremos prontos para o
novo. Acreditamos em um sinal que nos dirá quando mudar e quando encarar nossos
reais objetivos e sonhos. E neste aglomerado de expectativas e sentimentos nos esquecemos
da finitude da vida...
Sim, nossa vida tem um início meio e fim. O tempo de cada ciclo é incerto. Mas
novamente preferimos acreditar em ideias que nos são introjetadas sem que nos
dê espaço para questionar aquilo que nos é imposto como verdade. Sendo assim,
acreditamos fielmente que o início da vida se dá pelo nascimento e infância, o
meio da vida pela juventude e vida adulta e o final da vida pela velhice
seguida da morte.
Aderimos também, sem nos questionar na maioria das vezes, ao
ideal de que devemos estudar se quisermos ter um futuro promissor. E não se
trata de estudar qualquer ciência, precisam ser aquelas listadas com maior
prestigio social e maior garantia de um futuro financeiro promissor. Acreditamos
também nos papéis sociais de gênero, no casamento e a impossibilidade do
divorcio ou um filho gerado fora de tal padrão.
Caro leitor, não tome este meu discurso como apologia a
determinadas crenças e nem o que discorro como as verdades que acredito. Sei que está acostumado com minhas poesias,
porém senti a necessidade de discutir a vida e seus modos de ser e agir no
mundo.
Ser humano é função que exige muitos de nós. Há muitas
formas de ser em nosso mundo e para cada uma delas temos padrões de como cada
uma deve ser. Há o protocolo de como ser um animal selvagem, como ser animal
domestico, de como ser inseto, de como ser ave ou répteis. Há regras de como
ser nos vários nichos existentes. Há listado o comportamento de cada ser vivo
que existe em nosso planeta. E para ser um humano não é diferente.
Quando qualquer tipo de vida foge a sua regra ela passa a
ser condenada. Reconheço que nos tempos
atuais muitas coisas têm se modificado, mas percebo ainda a dificuldade de
exercer a compaixão ao próximo, a falta do exercício de mais ouvir do que
dizer. Exemplos não nos faltam. Há ainda circulando com muita frequência nas
mídias sociais atrocidades feitas com pessoas que não seguem o padrão, a
violação de direitos do livre arbítrio e até mesmo a privação de como se
relacionar com seu próprio corpo.
Mas meu objetivo com este texto não é levantar as inúmeras questões
que ainda hoje causam violência, guerra, morte e sofrimento. E sim tentar
mostrar que não importa qual seja a sua crença, qual seja a sua maneira de ser
e agir neste mundo, todos nós estamos suscetíveis a finitude a qualquer
momento.
Tais pensamentos já me acompanham há certo tempo, porém
tenho os vivenciado na prática diariamente. Sei que você, caro leitor, deve estar confuso
por isso irei lhe explicar: sou estudante de psicologia, trabalho em três estágios
diferentes. Em um deles atendo pessoas na sala de espera de uma clínica de
fisioterapia, não se trata de psicoterapia e sim um espaço de escuta para que
as pessoas possam compartilhar seu processo de adoecimento. Em outro local
atendendo com o mesmo dispositivo de espaço de fala e escuta os pacientes em
processo de hemodiálise e por último faço estimulação precoce em bebês
institucionalizados. A cada encontro
tenho aprendido que meus pacientes têm muito mais a me oferecerem do que eu a
eles. Entretanto sou suspeita a falar qualquer coisa relacionada a esta
profissão por ser uma das minhas grandes paixões. Vou voltar ao objetivo deste
texto e deixar para discorrer sobre a psicologia e minhas experiências em outro
momento. Retomando a finitude da vida... tenho percebido diariamente que
pessoas de várias crenças, religiões, histórias de vida e padrões financeiros
são tomados pela dura realidade de sermos seres frágeis e incapazes de
controlar tudo que envolve nossa vida. Assim como também temos uma capacidade extraordinária
de nos adaptar e reescrever nossa história.
Finalizo este texto com um pedido: aproveite cada dia seu
cada momento de sua vida. Aproveite para errar também, para parar ou acelerar
quando sentir necessidade. Não há regra de como melhor aproveitar a vida, mas
existe a possibilidade de ouvir seu coração.
Sabrina Stolle
quarta-feira, 13 de abril de 2016
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