Dedos transados,
Passeando por ruas, por sentimentos
Os dedos grudados foram afrouxando
Diminuindo a força lentamente
Ao passo que caminhavam, os sorrisos e a leveza foram ficando para trás em forma de borrões
Os dedos, agora apenas se encostam
Na tentativa de se reencontrar
De sentir o que um coração ferido já não consegue mais
E a medida que caminham os dedos se afastam,
Em uma tentativa desenfreada de se unir,
Mas quanto mais tentam, mais se afastam.
Há uma curva no final da rua,
As mãos se esticam, se espasmam,
Na tentativa desenfreada de unir dois corpos que não se amam mais.